Pilates: Mitos e Verdades

23/07/2014 22:12

Pilates: Mitos e Verdades

 

  1. Músculos, mas sem volume: O Pilates não substitui a musculação e vice-versa. Quem faz Pilates se sente mais bem preparado física e mentalmente para qualquer atividade comum do dia a dia, a prática de esportes e ainda protegido contra lesões. O Pilates valoriza a qualidade dos movimentos, não a quantidade. A técnica confere tônus muscular, pois trabalha com exercícios de resistência, com carga, que pode ser o próprio peso, como nas séries no solo, ou a resistência das molas dos aparelhos. Há também pequenos acessórios (elásticos, bolas, etc) que exercem essa função. Contudo sem excessos, sem priorizar uma parte do corpo em detrimento de outra. O Pilates visa ao equilíbrio entre tônus e o alongamento, mantendo a elasticidade e a amplitude dos movimentos. O Pilates deixa o corpo seco e durinho, mas não espere um tônus de quem pratica treinamento de força.
  2. Prevenção de lesões: o Pilates fortalece a musculatura mais profunda, o core, a área do tronco e da pelve envolvida na estabilização da coluna: que não é o foco da musculação. O core bem trabalhado previne lesões. Para fortalecer e definir o abdômen não é preciso se acabar em séries de dezenas de abdominais, pois poucas repetições com alto grau de qualidade são suficientes para trabalhar essa região.
  3. Melhor concentração: é verdade que o Pilates treina a concentração. Como os exercícios no solo e nos aparelhos exigem grande concentração, o treino termina sendo bom para o dia a dia e no trabalho.
  4. Alívio das dores: a técnica previne e trata dores, além de corrigir desvios posturais acentuados, como hiperlordose e hipercifose (a corcunda). Um dos motivos é que o indivíduo aprende a corrigir sua postura, a tirar o peso dos calcanhares e da coluna, levando-o mais a frente, mudando seu centro de gravidade para o abdômen. Até mesmo nos casos de hérnia de disco há benefícios, desde que o médico libere. Os praticantes sentem grande alívio de sintomas e ganham mobilidade. Nas situações mais graves, combinam-se outras técnicas de fisioterapia.
  5. Baixo risco: apesar do esforço, o Pilates tem baixo risco de acidentes e lesões na execução dos exercícios. Tanto que ele é indicado para gestantes, pois quase não há impacto nos movimentos e se trabalha muito a musculatura abdominal e pélvica, o que ajuda a preparar para o parto. E após o nascimento do bebê, o método ajuda a recuperar e reativar a musculatura. O Pilates não tem contra indicações desde que a pessoa esteja apta a praticá-lo. Porém nem todos se adaptam ao método, porque os exercícios são executados lentamente num ambiente tranquilo. O ideal é associar à outras atividades para melhor condicionamento.
  6. Idade para começar: existem aulas voltadas para o público infantil, a partir dos 7 anos. E não há limite de idade para iniciar. O programa é adaptado a cada aluno, mesmo em grupo, no máximo 3 por sessão.
  7. Primeiros resultados: iniciantes devem ter paciência para alcançar os primeiros resultados, pelo menos 1 mês. Na primeira aula a pessoa já percebe se vai gostar ou se adaptar ao método. Os exercícios são lentos e o objetivo é a excelência do movimento. Há vários níveis, incluindo básico, intermediário e avançado, e não necessariamente é preciso mudar de fases, como num jogo de computador. É mais importante ter bom senso e se exercitar corretamente.
  8. Pilates não emagrece: o Pilates não é uma ginástica aeróbica como corrida, natação, caminhada e spinning. Os alunos em estágio avançado têm maior habilidade e experiência na execução dos exercícios, que podem ser feitos num ritmo mais dinâmico, sem pausas, o que estimula o condicionamento cardiovascular, mas nada que se equipare aos treinos aeróbicos.
  9. Frequência certa: o Pilates pode ser praticado todos os dias, mas a grande maioria dos alunos faz duas ou três vezes por semana. Antes é preciso passar por uma avaliação cuidadosa, inclusive com fotos, para comparar a evolução do treinamento. O importante é que o programa seja individualizado, porque algumas pessoas têm mais dificuldade do que outras, ou lesões prévias ou encurtamentos. Muitos professores associam os exercícios de solo, com bolas e elásticos, aos aparelhos tradicionais.

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